Resumo - Crianças vitimas de abuso sexual do Livro de Marceli Gabel
Crianças
vitimas de abuso sexual
Abuso é o uso errado ou excessivo.
Abuso sexual supõe uma disfunção em 3 niveis:
- O poder do forte sobre o fraco
- A confiança Do dependente no protetor
- O uso deliquente da sexualidade, ou
seja, atentado ao direito do individuo de propriedade do corpo.
Definição da OMS referente ao Abuso Sexual: A exploração
de uma criança implica que está seja vitima de um adulto ou de uma pessoa
sensivelmente mais idosa que ela com a finalidade de satisfação sexual desta.
Os psicanalistas pensam que tudo começa com o proibido
enquanto , para os antropólogos para o funcionamento cultural tudo começa com
uma doação.
Uma menina vitima de incesto não se torna nem autista nem
psicótica, metarmorfoseia-se.
È pela proibição do incesto que se
estrutura a identidade psíquica.
Na maioria das vezes o abuso é por parte masculina.
Muitas crianças depois de revelar que foram abusadas se
sentem aliviadas.
A revelação do abuso deve ser prioridade nos programas de
prevenção, preparar profissionais de certas áreas para que tenham mais
facilidade de encorajar as revelação e reagir diante delas.
A criança é exposta a dois tipos de perigo:
risco psicológico, em
razão da exposição da criança a patologia parental.
Risco “vital” em razão
da inadequação dos cuidados que lhe são confiados, porém são dispensando de
negligencia e maus-tratos.
Imago=ideal afetivo que a criança faz de seus pais, ou
ainda a imagem parental assexuada.
Teoria da sedução – lembrança de cenas reais de sedução,
em geral de uma criança e de um adulto, um papel determinante na etiologia das
psiconeuroses, ou seja, das patologias, nos quais os sintomas do adulto são a
expressão simbólica de conflitos infantis (neurose da transferência, histeria,
obsessão, neuroses de angustia e narcísicas).
Trauma:
2º período onde faz ressurgir a lembrança da sedução anterior, essa
lembrança provoca um afluxo de excitação e é reprimida, aqui está à origem das
psiconeuroses.
A sexualidade infantil foi descoberta pela psicanálise, “
tudo que concerne as atividades da criança em busca de gozos localizados a este
ou aquele orgão possa proporcionar.
Sexualidade
adulta= paixão
Sexualidade
infantil = ternura
O complexo de Édipo surge na fase fálica.( de 3 a 6 anos) Seu
fim marca o inicio da fase de latência.
O tabu do incesto é um dos efeitos do complexo de Édipo,
além da instauração da moral.
Um instancia critica e punitiva, juiz em relação ao ego;
a consciência moral, é herdeiro do complexo de Édipo, quando internaliza os
interditos parentais = superego
Criança com modo interativo (pouco
expressiva, passiva, adulto ativo e até evasivo).
Na
patologia interativa há uma hiperadaptação da criança á patologia dos pais.
Clivagem = varias personalidades
Intervenções: dar tempo para a criança falar e elaborar
sobre o abuso.
A identificação muito
precoce das interações de risco e o tratamento das disfunções interativas oferecem
um eixo de prevenção ao nível da patologia relacional na própria fonte de
abusos sexuais.
Mais que o ato sexual imposto a criança, é a violência da
situação de dominação que provoca as desordens de comportamento constatadas.
O incesto tem consequências mais graves, pois provoca na
criança uma confusão em relação as imagens parentais; o pai deixa de
representar o papel protetor e representante da lei. A debilidade da mãe omissa
torna-se evidente.
A criança de 5 a 10
anos podem se expressar com desenhos estereotipados.
Os abusos quando
ocorrem na adolescência provocam tentativa de suicídio ou fuga.
Nas
crianças há o ato de vingança na brincadeira com outras crianças. As crianças
tentam vivenciar o abuso de varias maneiras.
Fabuladoras=mitomanias
meninas que mentem em relação ao abuso. È preciso ter um medico –legal de intervenção rápida e
uma intervenção terapêutica e prevenção informa a vitima suas duvidas e receios
alem de preparar as condições que permitam o diagnostico preliminar ou prevenir
possíveis consequências psicológicas.
Violência implica força física, enquanto o abuso a satisfação é obtido
pela sedução, certa cumplicidade e mesmo com o consentimento do menor.
Entre os retardos mentais medianos os abusos e violências
são bem menos frenquentes.
Entre tretaplegicos e os deficientes mentais sem
linguagem é uma exceção.
Entre jovens deliquentes , inadptados a violência sexual
mais presente é sodomização entre meninos.
Se o contraventor é menor a lei
reconhece a violência e não o abuso.
A relação de autoridade agrava a situação, pois se
enquadra também a violência psicológica.
O terapeuta não escapa à obrigação de advertir as
autoridades quando acreditar que fatos reais lhe forma confiados, é de se
esperar que a instituição o apoie nesse momento.
O sofrimento poderá não ser físico, mas será sempre
psicológico.
O testemunho da criança só utilizável
a partir dos 4 anos
O encontro com a 3ª pessoa é importante.
A retratação talvez seja o resultado de uma oscilação:
revelação de um segredo, retorno ao segredo.
A denegação seria
um “modo de defesa consiste numa recusa do sujeito
reconhecer a realidade de uma percepção traumatizante”.
Incapacidade estrutural do psicopata de se situar enquanto responsável por suas
ações. Alguém que é vitima e tem que se vingar. Eles tem um desconhecimento da conduta de seus atos, daí
sua insensata temeridade, que alguns denominam de conduta de ordálio.
O funcionamento mental do obceado é diferente do
psicopata, ele quer tudo na hora.
A sexualidade da criança que se abusou tomou formas pervesas.
Duas
ocorrências desempenham uma papel determinante no estabelecimento de medidas
transgressoras : a existência de uma sedução incestuosa do sexo oposto, e trauma
sexual sofrido durante a infância. (
psicopata, boderline, e pervetido).
Um estupro de crianças seguido de
assassinado não se trata apenas de sexualidade, não é apenas genital,
mas fálico.
A onipotência diante do aniquilamento: estupro. Ou
onipotência de um perigo de inexistência psíquica.
A
pericia não é de ordem terapêutica. O perito não pode se
contentar em fazer um balanço psicológico clássico, ele busca eficiência satisfatória no exame
psicológico. O tempo e a reiteração dos relatos do abuso da criança; as
reticências da família ou da instituição no qual a criança vive são questões essenciais.
A
pericia tem por objetivo descrever, fazer uma espécie de balanço e ajudar a
compreender o caso, bem como as relações que teve com o agressor.
Um ato pulsional- a
criança iventa para si mesma uma relação, tanto com o pai quanto a mãe. Ela
sofreu a transgressão e a chatagem afetiva.
Incesto prolongado –
prossegue desenvolvendo o silêncio afetivo e na solidão.
Esquecer é a palavra chave dos adultos mais próximos da
criança abusada.
A pericia é
um momento breve, trata-se de esboçar um retrato psicológico
da criança, de indicar sua evolução, de explicar comportamentos manifestos ou
interiores e sua relação com o abuso sexual e se um tratamento psicológico é
necessário.
O exame em
si vai se ater a dois aspectos: Um quadro de personalidade que descreve, além
de estrutura, os movimentos perceptíveis, as elaborações defensivas, os modos
de relações; uma descrição do tipo sintomatológico, que leva em conta o que se
passou desde o fatos até a revelação destes.
O prognostico
deve, portanto, considerar o que ocorreu no tempo anterior a pericia, a
personalidade atual-em termos de estrutura-, as interações entre a criança,
vitima, e os adultos que o cercam.
As instituições tem por função porteger contra as
angustias persecutórias e primarias e depressivas.
O pediatra que deve ter o primeiro contato no hospital e
passa a situação dos pais, o psicólogo tem
função de avaliação.
A criança vitima de estupro pode dar queixa até os 28 anos.
O incesto ativo não tem nada haver com o sonho
incestuoso.
A invasão do corpo da criança por uma
representação erótica poderia utilizar 3 vias de acesso:
a ruptura coletiva,
o ressurgimento,
a intromissão da intimidade.
Por Oslem Klesiano. Resumo do Livro Crianças vítimas de abuso sexual, GABEL.
Muito bom!
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